3 de set. de 2012

O Inverno das Fadas - Carolina Munhóz

Editora: Fantasy
Páginas: 304
Resenhado por: Victor Lopes

Existem pessoas normais em nosso planeta. Homens e mulheres simples que nascem e morrem sem deixar uma marca muito grande ou mesmo significativa na humanidade. Mas existem outros que possuem talentos inexplicáveis. Um brilho próprio capaz de tocar gerações. Como eles conseguem ter esses dons? De onde vem a inspiração para criar trabalho maravilhosos? São cantores com vozes de anjos, artistas com mãos de criadores e escritores imortais. Existe uma explicação para isso. Sophia é uma Leanan Sídhe, uma fada-amante, considerada musa para humanos talentosos. Ela é capaz de seduzir e inspirar um homem a escrever um best-seller ou criar uma canção para se tornar um hit mundial. A fada dá o poder para que a pessoa se torne uma estrela, um verdadeiro ícone, ao mesmo tempo em que se aproveita da energia do escolhido para alimentar-se. Causando loucura. E MORTE.



“O Inverno das Fadas” é o primeiro lançamento nacional da editora Fantasy – Casa da Palavra, escrito pela linda Carolina Munhóz. A história fala sobre Sophia Coldheart, uma espécie de fada chamada Leanan Sídhe, cuja única maneira de sobrevivência é roubando a energia de outras pessoas. A vitima da vez é William, um aspirante a escritor que, graças a inspiração que ele recebe de Sophia, pode se tornar um dos melhores de todos os tempos. Assim como ela já fizera com outros, mas em compensação a morte será iminente.

Só pela sinopse já dá para perceber que a história criada pela Carolina Munhóz, apesar de ser um romance sobrenatural, que é um estilo de livro muito comum tem seus diferenciais.

Logo no inicio a morte já dá as caras e define o tom do restante do livro. O enredo é sombrio, romântico, sexy, com cenas bem picantes, e os clichês são poucos, só fazendo bem para a história, a qual utiliza-se de uma mitologia muito pouco vista sobre seres mágicos, mas que é muito real. E essa realidade existe não só pelos personagens com características extremamente verdadeiras, mas também porque temos explicações para fatos do nosso mundo, como a morte de artistas famosos, utilizando-se da mitologia das Leanan Sídhes, uma grande sacada da autora.

O Inverno das Fadas é empolgante em sua grande maioria, mas após um ápice um pouco depois da metade do livro, ele acaba perdendo o ritmo e a maioria das coisas que acontecem na história parecem ser desnecessárias. Outro pecado é que essas tais descrições de mortes de artistas reais, ás vezes, aparecem num momento completamente errado e acaba quebrando o ritmo da história quase que completamente.

Eu digo “quase” porque a autora escreve muito bem, melhor até do que eu imaginava, e consegue retomar a qualidade e o mistério e te levar aonde ela quer durante as cenas, você pode ficar triste, com medo e, principalmente, curioso com o desfecho desse romance que é muito bem construído.

Confesso uma mania minha: Eu tento adivinhar o fim das histórias e algumas vezes até consigo, também fico pensando em maneiras de mudar as coisas que acontecem nos livros, mas não nesse caso. O Inverno das Fadas, apesar de não ser totalmente surpreendente, é escrito de maneira brilhante sem deixar que você queira que a história seja diferente, ela é exatamente como deve ser.

- Você esta disposto a morrer ? - perguntou receosa a fada .
- Se for preciso - disse o garoto, sem tremer a voz - O que for necessário para ficar com você. Só me importo com isso. Somente com você.  
Pág. 178

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