Páginas: 320
Resenhado por: Ana Paula da Cruz
Quando Bethany, de 7 anos, conhece sua prima de 6 anos, Reana Mae, é o começo de uma relação desajeitada que salva ambas de uma solidão profunda. Todo verão, Bethany e sua família vão de Indianapolis para West Virginia’s Coal River Valley. Para a mãe de Bethany, essas viagens até lá a lembram de sua infância pobre e composta por minas de carvão, um lugar do qual ela desejou escapar. Mas seus amados familiares e a amizade de Bethany e Reana Mae continuavam trazendo lembranças. Mas conforme Bethany cresce, ela percebe que a vida nessa comunidade pequena e unida não é tão simples quanto pensava... que as cabanas na beira do rio, que guardam muito da história de sua família, também geram fofocas escandalosas... e aqueles mais próximos a ela guardam segredos inimagináveis. No meio das florestas densas e da beleza silenciosa do vale, esses segredos estão finalmente sendo revelados, com uma força suficientemente devastadora para acabar com vidas, fé, e a conexão que Bethany pensou que duraria para sempre.
Uma pequena decepção literária, infelizmente. O livro tem
uma escrita muito boa, a descrição dos locais me deixou com vontade imensa de
passar as férias no Vale, que é o cenário da história! A descrição personagens faz
com que conheçamos cada um deles como se fossem da nossa própria família...
Enfim, os assuntos abordados pela autora dariam uma ótima história, porém acho
que foi justamente nesse ponto que a autora falhou. Ela falou sobre tantas coisas, tantos
sofrimentos simultâneos que no fim não deu para sentir pena de nada nem de
ninguém, e justamente isso que me decepcionou.
Eu pensei que seria uma história avassaladora, terrível, que
me faria tremer e chorar de tristeza por causa das meninas. Mas no final foi um
emaranhado de coisas ruins que acabaram me entediando.
O enredo fala sobre a família e a vida de Bethany, uma
menina quieta e educada que passava as férias de verão com a família no Vale de
Coal River. A história é narrada por uma Bethany com trinta anos, mas já aos
sete anos a garota descobre que a vida pode não ser tão simples como ela acha.
Bethany e sua prima, Reana Mae, que é uma das pessoas mais
importantes para Bethany, se divertiram o verão inteiro no rio, que era como o
Vale era chamado. Nem mesmo Tracy, a irmã malvada de Bethany, estragou as
férias perfeitas ao lado da melhor amiga e prima, no lugar onde ela se sentia
em casa. Porém, com o passar dos anos, e com acontecimentos cada vez mais
carregados e incompreensíveis que ocorriam na casa de Reana e que afetavam todo
o vilarejo, as duas foram se afastando, ao longo dos anos. Não no sentindo da
distância e nem em sentimento, pois as duas meninas eram mais que irmãs, mas
sim em crescimento interior.
Enquanto Bethany crescia ao seu tempo, como uma criança deve
crescer, a vida fez com que Reana se tornasse uma mulher de maneira
extremamente precipitada, e as consequências desse crescimento forçado foram
avassaladoras.
A história é boa e com linhas que poderiam ser seguidas de
uma maneira maravilhosa, se a autora tivesse se focado em um único tipo de
problema teria sido uma leitura brilhante. Mas com a quantidade de desgraças
que marcam essas famílias, o livro ficou maçante. Talvez a culpa tenha sido
minha, por ter criado uma expectativa enorme quando li a sinopse. Espero que
vocês tenham uma visão diferente dele. Foi uma pena eu não ter gostado.
“A história dela e a minha se traçaram juntas de tal forma que, às vezes, eu me sentia como se estivesse vendo tudo de fora, como se ela é que estivesse vivendo a minha vida. Às vezes eu a odiava por isso. Mas, na maior parte do tempo, eu a amava.” Pág. 18
Parabéns pela resenha Andresa! Estou ansiosa para ler Preces e Mentiras e espero não me decepcionar. Beijo!
ResponderExcluirÉ bom ler as resenhas pq sana a curiosidade em relação a certos livros. De acordo com a lista que sigo, vou deixar este para mais tarde!
ResponderExcluirParabéns pelo blog!