31 de out. de 2012

A Estrela mais Brilhante do Céu - Marian Keyes

Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 598
Resenhado por: Ana Paula da Cruz

Existe um misterioso espírito que paira sobre o edifício número 66 da Star Street, em Dublin, Irlanda. Ele está em uma missão para mudar a vida de alguém. Em A Estrela Mais Brilhante do Céu, Marian Keyes demonstra mais uma vez sua técnica como uma dos grandes contadores de histórias da atualidade e sua vontade de ultrapassar limites na literatura. Os inquilinos do prédio 66 formam certamente um grupo excêntrico. Na cobertura mora Katie, uma mulher de 39 anos que trabalha como relações públicas de cantores e que só se preocupa com o tamanho de suas coxas e se seu namorado irá propor casamento. No apartamento abaixo, dividem o espaço dois poloneses mais a engraçada Lydia. No primeiro andar está Jéssica, a octogenária que vive com seu malvado cachorro e o filho adotivo. Já no térreo estão os recém-casados Maeve e Matt, que por mais que tentem esquecer o passado, não conseguirão.


Não estou escrevendo essa resenha para falar sobre a mulher magnífica, segura e quarentona, que é a Katie. Nem de seu namorado irresistível e workaholic, Connal. Nem da deslumbrante Lydia, que é taxista (sim, eu disse taxista). Se bem que falar dos Poloneses super gatos que dividem o apartamento com ela seria demais. Também não vim para falar da senhora, chamada Jemima, e seu cachorro com orelhas e cor de burro, que atende pelo nome de Rancor (hein?) e que odeia o filho adotivo e com cara de galã da Jemima, o Fionn. Ah, e nem sobre o querido casal 20... os amáveis Maeve e Matt, que habitam o térreo do prédio de número 66 da Star Street, com a porta da frente azul e a aldrava em forma de banana.

Não, eu não vim para falar de como me encantei por cada um desses vizinhos de uma maneira indescritível, nem sobre como eu quase chorei em alguns momentos e (dois parágrafos depois), estava rindo com as trapalhadas da Lydia, ou da Katie ou até mesmo da Jemima xingando o Rancor. Só sei que, aos poucos, eu fui me apegando à todos eles, e quando chegou ao final da leitura foi como se eu tivesse “perdido”, no mínimo, uns 10 amigos.

Mas por que diabos eu escrevi, então? Para dizer que vocês não podem perder essa leitura. Marian Keyes escreveu esse livro de uma maneira impressionante. É uma narrativa em terceira pessoa, mas é em terceira pessoa “ao vivo”.  Essa “coisinha” que narra a história tá ali presente o tempo todo, no dia a dia dos personagens e por dentro de tudo o que acontece em suas vidas. 

Você não sabe, na verdade não tem nem idéia, do que quer que esteja ali narrando a história. Mas é de uma maneira deliciosa, porque mistura os diálogos com os pensamentos dos personagens e com as percepções da própria “coisinha”, prendendo o leitor do início ao fim.

Eu adorei conhecer o passado, a história pura e verdadeira, que tinha por trás de cada  morador da Star Street 66. Cada um deles tem seu brilho, cada um tem seus problemas, cada um tem sua vida, mas quem sabe o que a Estrela de cada um guarda para o futuro? E digo mais, quem sabe esse livro não é justamente a Estrela que falta para fazer a vida brilhar um pouco mais?


“Espere o inesperado, fui aconselhada. Mas esse não era o tipo de coisa inesperado que eu esperava. Isso era um inesperado errado.” Pág. 16

5 comentários:

  1. Sempre ouvi ótimas críticas sobre os livros da Marian, quero muito lê-los!

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  2. Já li Melancia e atualmente estou lendo 'Férias'. Quero ler todos!

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  3. oi, Andresa. ^^
    acho que li uma resenha só desse livro, mas Marian é o tipo de autora que se vende sozinha, né? rs Nessa resenha que eu li, a menina disse que esse era um livro diferente e a própria autora disse que este é o livro que ela mais gostou de escrever. Já o tenho e estava super afim de ler, agora então!

    Beijos ;*

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  4. A forma como tu descreve os livros "desenvolve" uma grande vontade de ler todos...
    Parabéns Ana Paula,tu te dá muito bem com as palavras!
    Te amo gata!!! Bjos

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  5. Olá Andresa!
    Que forma adorável de resenhar um livro que te cativaste tanto. Acabamos "sentindo" e não apenas sabendo o que te impulsionaste na leitura. A autora parece ser realmente incrível por tantos livros aclamados pelos leitores, mas confesso que mesmo tendo "Cheio de Charme" ainda não li.
    A história parece ser tão real ao envolver a vida de personagens tão complexos e diferente, pelo enderenço em comum, algo que acaba ocorrendo no nosso dia-a-dia, tornando a leitura mais agradável e nos fazendo refletir sobre quem nos cerca.
    Agora me obrigo a conhecer a narrativa da Marian Keyes, começando por "Cheio de Charme". hahaha

    Beijos,
    Samy Aquino - http://samyaquino.blogspot.com

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