19 de mar. de 2013

É Melhor Não Saber - Chevy Stevens

Editora: Arqueiro
Páginas: 320
Resenhado por: Ana Paula da Cruz

Sara Gallagher nunca sentiu que pertencesse de verdade à sua família de criação. Embora sua mãe seja amorosa e gentil e ela se dê bem com sua irmã Lauren, a relação com o pai e a irmã caçula, Melanie, sempre foi complicada.  Às vésperas de se casar, Sara decide que está pronta para investigar o passado e descobrir suas origens. Mas a verdade é muito mais aterrorizante do que ela poderia imaginar. Sara é fruto de um estupro, filha do Assassino do Acampamento, um famoso serial killer. Toda a sua paz acaba quando essa história é divulgada na internet e o pai que ela anteriormente queria conhecer resolve entrar em sua vida de forma avassaladora. Eufórico com a descoberta de que tem uma filha, John vê nela sua única chance de redenção. E, para criar um vínculo com Sara, ele está disposto a tudo, até a voltar a matar. Ao mesmo tempo, a polícia acredita que essa é sua única chance de prender o assassino e resolve usá-la como isca. Então Sara se vê numa caçada alucinante, lutando para preservar sua vida e a de sua filha. 


Sério, Chevy Stevens? Que tristeza. Quando eu penso que vou morrer de medo com uma história fascinante, nada disso acontece. Sim, foi exatamente o que aconteceu com essa leitura. A autora tinha uma história maravilhosa nas mãos e uma leitora *eu* louca por um monte de sustos e arrepios... mas infelizmente não foi isso que ocorreu.

O livro narra a história de Sara, uma restauradora de móveis, mãe dedicada de Ally e noiva amorosa de Evan, porém uma pessoa extremamente geniosa. Sara foi adotada quando neném e nunca quis saber quem era sua família biológica, pois sua mãe nunca deixou lhe faltar amor e sua relação com sua irmã mais nova sempre foi muito tranquila. Porém seu pai, durão e ranzinza, sempre a fazia lembrar que era “diferente” das irmãs, não adotadas.

O fato de não ser filha biológica nunca preocupou Sara, exceto quando quis vender sua irmã para que seu pai gostasse mais dela, porém estando prestes a se casar Sara sente uma súbita vontade de desvendar seu passado. O que parecia ser uma boa ideia de início e talvez o fim de todas as dúvidas e temores que teve ao longo de seu crescimento, se mostrará o pior erro que ela poderia ter cometido na vida.

 Sara descobre ser filha de um violento Serial Killer e que é fruto de um estupro, o problema é que John adorou saber que tem uma filha e procura fazer contato com Sara... O que faz a vida dela virar de cabeça para baixo. John fica cada vez mais animado com a ideia de ter alguém por perto dele e as investidas em fazer contato com a filha ficam cada vez mais intensas.

O PROBLEMA É JUSTAMENTE ESSE! O Livro todo, eu disse O LIVRO TODO, gira em torno dessa ladainha. John ligando, Sara atendendo e se irritando, daí acabava mentindo para ele, pois não queria que ele tivesse informações sobre sua vida e só. Poxa, a premissa da história era maravilhosa, poderia ter sido muito bem desenvolvida e totalmente alucinante porque nossa... Sara é fruto de um estupro, filha de um Serial Killer e ele volta querendo fazer parte do dia-a-dia da filha... Tinha todos os ingredientes para um thriller digno de Harlan Coben (<3).

Infelizmente em toda a leitura eu me senti apenas enrolada.  A começar pelo início de capítulo que era a Sara falando com sua terapeuta, que era uma monotonia sem igual. Continuando com as inúmeras ligações, a inconstância de Sara e, depois que começam os contatos, de John também, as longas conversas que não chegavam a lugar nenhum, tudo parecia que estava apenas rodando e nunca chegava a ápice algum dentro do enredo, que era justamente o que eu queria. Para não ser totalmente injusta nas últimas 145 páginas aconteceram todas as coisas que fariam da história a história aterrorizante que eu queria... e isso fez com que, adivinhem? Fizesse tudo parecer corrido e forçado.

Uma pena. Eu realmente esperava que fosse uma leitura melhor. Já tinha lido “Identidade Roubada” da mesma autora, e até que tinha me dado bem com a leitura. Uma pena que com esse não deu muito certo.
Posso parecer meio odiosa com essa resenha tão negativa, mas é que realmente eu estava com uma expectativa bem elevada e louca para sentir um medinho. Espero que, se vocês forem ler, não fiquem tão chateados como eu fiquei.

- Quem é você?
- Já disse: seu pai.
- Eu tenho pai e não gosto...
- Ele não é seu pai. – A voz do homem se tornou amarga. – Eu não teria dado minha filha.
Pág. 63

6 comentários:

  1. Oi Andresa, tudo bem? Eu ainda não li nada dessa autora e sempre vejo elogios pelo Identidade roubada, mas que esse segundo é a mesma fôrma. Isso me desanimou um pouco a ler. Gostei da sinceridade na resenha, eu estava em dúvida com relação ao livro e você tirou elas. :)

    Beijos
    http://nerdicesdeumagarota.blogspot.com.br/

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  2. Oie
    Ainda não tinha lido nenhuma resenha desse livro antes, e também não consegui ler Identidade Roubada, mas me disseram que é um livro muito bom.
    Acho bem triste quando o livro tem tudo pra ser ótimo e acaba numa enrolação total, que dá até vontade de largar o livro, já passei por isso várias vezes, mas quando vi a capa do livro e a sinopse achei que o livro não teria essa enrolação, é uma pena.
    MilkMilks
    DM
    http://shakedepalavras.blogspot.com.br

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  3. Oi, Ana Paula! Oi, Andresa :B

    Engraçado, esse livro tem uma capa enganosa se for comparar com o que você demonstrou na resenha. Pela capa, parece um suspense daqueles de dar medo e deixar sem dormir, mas pela resenha parece um drama meio novela mexicana. '-'
    Acho que se você gosta de Harlan Coben, fica difícil se emplogar com outros autores que escreve thrillers depois dele. rs Amo ♥

    Realmente não foi um livro que me interessou, nem antes nem depois da resenha. Odeio enrolação. :/

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  4. Ana Paula
    Não conheço a autora, ainda não tive oportunidade de ler algo dela. mas concordo com você que é péssimo quando nos sentimos enrolados pela história, parece que nada vai acontecer e tudo acontece no final. Muito chato mesmo.
    Abraços,
    Gisela
    @lerparadivertir
    LerparaDiverir

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  5. Olá!!

    Meu contato com a autora foi primeiro com Identidade Roubada, que aliás, recomendo fortemente...Como a leitura desse foi MUITO boa, comprei logo É melhor não saber. Mas que pena que vc achou que a história não foi bem desenvolvida e poderia ter sido melhor explorada. Acho que vou para a leitura com as expectativas menores agora.

    Beijos!
    Lygia - Brincando com Livros

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    Respostas
    1. Pois é, Lygia. Já com o Identidade Roubada eu tinha ficado meio assim com a leitura, mas gostei! Só que com esse... Nossa. Com o Identidade pelo menos a gente tava na cabana com a protagonista e sentindo os anseios e tudo. Nesse é tudo por telefone e é bem chato... :/ Tomara que tu goste.
      Beijos. :)

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