20 de jun. de 2013

Never Sky, Sob o Céu do Nunca - Veronica Rossi

Editora: Prumo
Páginas: 336

Desde que fora forçada a viver entre os Selvagens, Ária sobreviveu a uma tempestade de Éter, quase teve o pescoço cortado por um canibal, e viu homens sendo trucidados. Mas o pior ainda estava por vir... Banida de seu lar, a cidade encapsulada de Quimera, Ária sabe que suas chances de sobrevivência no mundo além das paredes dos núcleos são ínfimas. Se os canibais não a matarem, as violentas tempestades elétricas certamente o farão. Até mesmo o ar que ela respira pode ser letal. Quando Ária se depara com Perry, o Forasteiro responsável por seu exílio, todos os seus medos são confirmados: ele é um bárbaro violento. É também sua única chance de continuar viva.





Distopias sempre me surpreendem, eu adoraria descobrir onde as escritoras tiram tanta criatividade! Percebe-se que os assuntos desse gênero se repetem, como “tecnologia x vida natural”, um governo que quer manipular a massa, personagens heroicos que pretendem resolver os problemas da nação, etc. Porém, mesmo com essa repetição, os autores sempre conseguem trazer algo novo, um olhar diferente sobre a distopia. E com Never Sky não foi diferente.

A autora brasileira Veronica Rossi (que atualmente vive na Califórnia) criou um universo onde, por conta de tempestades de Éter e da quase destruição da raça humana, as pessoas se dividiram em dois grupos distintos: os moradores do núcleo de Quimera – vivem encapsulados em um local com tecnologia de ponta-, e os “Selvagens” - que vivem em tribos nas florestas, praticamente desabrigados e que passam fome.

Os responsáveis por Quimera criaram uma espécie de “olho mágico” para os ocupantes do local não enlouquecerem com o tédio e a solidão do núcleo. As pessoas utilizam essa lente nos olhos e são transmitidas para o local que quiserem, sem sair de Quimera, ou seja, eles podem se imaginar em um iglu no Alasca ou em uma super festa, mas só estão lá mentalmente e não de verdade (eles chamam os locais de Reinos). A tecnologia desse “olho mágico” é tão grande, que os ocupantes podem se encontrar, se comunicar, ouvir sons, sentir cheiros e sabores nesses Reinos.

Quando a mãe de Ária (uma das melhores cientistas de Quimera) desaparece, a garota decide que fará de tudo para localizá-la e se envolve em uma grande confusão com Soren, o filho de um dos homens mais influentes do núcleo. Entretanto confusão não termina bem e Ária sofre as consequências sozinha... Ela é abandonada na floresta! Como uma garota que sempre viveu imaginando lugares felizes em seu “olho mágico” viveria, de verdade, no mundo exterior? Sem comida, sem abrigo, sem nada!

É aí que Perry, um selvagem, aparece em seu caminho. Ele quer resgatar o sobrinho que foi sequestrado por ocupantes do núcleo e vê em Ária uma possível solução para resolver seus problemas. Mas os dois sabem que os problemas estão apenas começando a aparecerem...

Sob o Céu do Nunca, como eu disse anteriormente, traz questões comuns nas distopias. Uma delas é fazer com que reflitamos sobre fatos sociais da atualidade. Algo que me chocou foi constatar mais uma vez o quanto dependemos da tecnologia, Ária não quer viver sem seu “olho mágico” de maneira alguma, ela não se sente ela mesma sem o objeto... Agora, reflita comigo, quantas vezes nos sentimentos dependentes do celular, da internet, etc? Não é spoiler da história, fiquem tranquilos, apenas é um ponto que refleti muito durante a leitura e que PRECISEI compartilhar com vocês.

Agora deixando minhas reflexões de lado (haha), a autora soube trabalhar a distopia criada com maestria, me envolvi com os personagens, os locais e acontecimentos... O livro possui um enredo alucinante, onde ocorrem cenas inesperadas a todo momento! É difícil parar de ler!

O trabalho gráfico feito pela Prumo ficou muito bom, mas me decepcionei bastante com a revisão da editora. Encontrei sérios erros ortográficos, como a palavra talvez escrita dessa forma: “talves”. Sim, com S!

Mesmo com os problemas na revisão, o livro é uma ótima pedida para os fãs do gênero e até mesmo para aqueles que querem conhecer histórias com essa visão de “futuro pós apocalíptico”. Eu adorei o enredo! Estou pela ansiosa pela sequência, “Through The Ever Night”, que deverá ser lançada ainda este ano!

"Para todo lado que olhava, erupções de luz despencavam do céu, deixando rastros incandescentes pelo chão. Na segurança de Quimera, ela temera as tempestades de Éter durante toda sua vida. Agora estava no meio de uma." Pág. 95

2 comentários:

  1. Nossa quero ler esse livro o mais urgente possível tenho certeza de que o enredo vai se encaixar comigo perfeitamente, beijos !!

    http://euvivolendo.blogspot.com.br/ (

    ResponderExcluir
  2. Oi Andresa! Esse livro está no meu top desejados, espero tê-lo em breve nas minhas mãos, ou melhor, na minha estante, acho o enredo surpreendente, li resenhas positivas e negativas dele, mas espero que no meu caso o livro seja positivo. Adorei a resenha!!

    Bjs *-*

    ResponderExcluir

• Escreva um comentário e deixe uma blogueira muito feliz!

 
Minima Color Base por Layous Ceu Azul editado por Anderson Vidal