5 de set. de 2013

Como eu era antes de você - Jojo Moyes

Editora: Intrínseca
Páginas: 320

Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe. Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.


Ainda penso nesta história... ainda me pego refletindo sobre seu enredo, mesmo após algumas semanas. É o tipo de livro que nos pega desprevenidos, que nos faz amá-lo e questioná-lo ao mesmo tempo. Para mim é uma grande incógnita.

Louisa Clark é uma jovem de 26 anos que, após ser demitida de seu cômodo trabalho como garçonete, percebe que precisará sair de sua zona de conforto e procurar outro serviço. Por conta da falta de qualificações e estudo, Louisa aceita o emprego para ser cuidadora de uma pessoa tetraplégica por um período de seis meses. Aceita, pois precisa de dinheiro para poder ajudar seus pais, o avô que sofreu um AVC e até a irmã e o sobrinho.

Louisa imaginava que a pessoa que cuidaria seria idosa e se surpreende ao conhecer o rapaz, que é apenas alguns anos mais velho do que ela. Will Traynor era um importante advogado de uma empresa em Londres, um homem cheio de energia, que adorava escalar montanhas, pular de penhascos e aproveitar ao máximo sua existência. Agora, a única coisa que ele pensa é em acabar com a própria vida e, consequentemente, com seus problemas.

Com o passar do tempo e as imensas dificuldades ao se ver cuidando de uma pessoa infeliz, amarga e com uma história dramática, Lou percebe que o objetivo da família ao contratá-la não é simplesmente cuidar clinicamente de Will – o que faz sentido, já que ela não é qualificada para tal função - , mas sim tentar convencê-lo de que vale a pena continuar vivendo...

É encantadora a relação que Will e Lou criaram um com o outro, a força de vontade que ela tem em fazê-lo feliz e a insistência de Will em mostrar que Lou é muito mais do que ela imagina. Visualizei os mais puros sentimentos de humanidade expressos nas páginas de um livro.

Will lembrou-me de meu cunhado, que infelizmente sofre de uma doença pior do que a dele. Me fez sentir um orgulho imenso do Fernando – o irmão do meu namorado – que, ao contrário do personagem, tem uma vontade gigantesca de viver e é feliz como pode. Este livro me sensibilizou principalmente por fazer essa referência.

Jojo Moyes escreveu um livro lindo, dramático, diferente, triste, mas também feliz. Com uma premissa que nos faz refletir muito sobre a vida e sobre as pessoas. Porém, mesmo me tocando e emocionando, não dei cinco estrelas pelo final, pois foi totalmente contra meus princípios e a minha fé.

O leitor deve fazer a leitura com a consciência de que se trata de um assunto muito delicado, e de que cada pessoa terá uma opinião sobre o que a autora resolveu abordar. Indico pela narrativa, pela história, pelos personagens e pelo o que me fez enxergar. Mas, sinceramente, não consigo ter uma opinião muito concreta sobre o livro. Apenas leiam, acredito que irão me compreender...

"Ele não vai mais andar, Louisa. Isso só acontece em filmes de Hollywood. Tudo o que fazemos é tentar evitar que sinta dor e manter os movimentos que ele tem." Pág. 68

2 comentários:

  1. Oi Andressa! Já li algumas outras resenhas sobre esse livro também, mas ainda não sei se leria. A história parece ser triste demais e eu morro de medo de livros assim, não sei porque. Acho que é por não querer chorar, sei lá. Sou bem estranha com relação a isso :P Enfim, se um dia eu mudar de ideia, vou lê-lo, com certeza.

    Um beijo, Karine Braschi.
    Geek de Batom. (@geekdebatom)

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  2. Oi Andresa!
    No início não me animei muito para ler esse livro, mas sua resenha me deixou curiosa, mas pelo jeito é um livro triste, então tenho que estar preparada psicologicamente para esse tipo de leitura.rs!
    Beijo

    http://allmylifeinbooks.blogspot.com.br

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