9 de dez. de 2014

A filha do louco - Megan Sheperd

Editora: Novo Conceito
Páginas: 416
Resenhado por: Ana Paula Abs

Juliet Moreau construiu sua vida em Londres trabalhando como arrumadeira - e tentando se esquecer do escândalo que arruinou sua reputação e a de sua mãe, afinal ninguém conseguira provar que seu pai, o Dr. Moreau, fora realmente o autor daquelas sinistras experiências envolvendo seres humanos e animais. De qualquer forma, seu pai e sua mãe estavam mortos agora, portanto, os boatos e as intrigas da sociedade londrina não poderiam mais afetá- la... Mas, então, ela descobre que o Dr. Moreau continua vivo, exilado em uma remota ilha tropical e, provavelmente, fazendo suas trágicas experiências. Acompanhada por Montgomery, o belo e jovem assistente do cirurgião, e Edward, um enigmático náufrago, Juliet viaja até a ilha para descobrir até onde são verdadeiras as acusações que apontam para sua família.

Quando li a Sinopse de “A Filha do Louco” fiquei bastante intrigada. A ousadia de usar uma história antiga (“A ilha do Dr Moreau” de H.G.Welss) como pano de fundo para uma nova me pareceu promissora e, particularmente, adoro um cenário macabro e sombrio, que foi o que a sinopse prometeu.

Megan Shepherd nos conta a história de Juliet Moreau, filha do famoso Dr. Moreau. Vinda de família nobre e bem conceituada, Juliet vê sua vida desmoronar após os escândalos que envolvem as “atividades” de seu pai (experiências entre homens e animais) serem desmascaradas e virarem um fardo tão grande para carregar que levou ao abandono da família por parte do pai. Mãe e filha se veem perdendo posses e pertences e tendo que trabalhar para garantir o próprio sustento. 

 No início do livro fiquei bastante aflita com algumas barbáries à qual Juliet era submetida e pensei que seria uma leitura de tirar o fôlego, cheia de sustos e um forte suspense. Infelizmente não foi o que encontrei. Logo quando Juliet encontra um amigo de infância, Montgomery, o qual foi criado junto com ela e que, coincidentemente, ainda ajuda seu pai, que está vivo em uma ilha deserta, foi perceptível o rumo que o livro tomaria. 

Partindo juntos ao encontro de Dr Moreau e sua ilha, o início da viagem é turbulento e bastante instigante, com o surgimento de um náufrago cheio de mistérios chamado Edward Prince. No decorrer da leitura passamos a compreender mais a fundo o tipo de experiência que o Dr. Moreau realiza e, também, adentrar nos sentimentos que permeiam a cabeça de Juliet com essa inesperada volta para seu pai, o qual julgava morto. Porém, com isso, vai se criando um círculo muito repetitivo na história. 

Ao invés de criar uma atmosfera bizarra em volta da ilha, dos experimentos e abusar de acontecimentos estranhos, a autora foi criando uma história de “família inacabada”, um amor antigo mal-resolvido e o surgimento de um novo e inesperado sentimento. Os “segredos” acabam ficando em segundo plano, os experimentos, os quais deveriam ser o ponto alto de terror e suspense da história, são praticamente bichos de estimação de Dr. Moreau e, penso eu, que maiores explicações talvez tenham ficado para o segundo livro, pois neste eu fiquei meio que na superfície total.

Infelizmente a história não me convenceu. Apesar da escrita da autora ser boa de ler, e, repito, o tipo de história ser bastante promissor, não comprei a ideia que a autora tentou vender, uma pena.

“Ele nunca dissera que as acusações eram infundadas. Apenas que eram injustas.” Pág. 172

Um comentário:

  1. Ahhh que pena! Fiquei super animada pra sua resenha, porque é um dos livros que chegaram da Novo Conceito há MUITO tempo e não me chamaram atenção. Li a sinopse e fiquei animada, mas pelo visto, não foi bem aproveitado! Isso é muito chato, sério. D:

    Clara
    @clarabsantos
    clarabeatrizsantos.blogspot.com.br

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